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quinta-feira, 6 de julho de 2023

 


A/PA/LAVRA/DOR

      Francisco Miguel de Moura*

 

O poeta adivinha a palavra

Meia origem, dicionária e trave,

Para a surreal morte

Em novo florescer.

 

E se houver engasgo,

Não filosofa em grego.

Apunhala-a

À pedra

Pelo meio,

Para o grito surdo

Que acorde a alma.

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*Poeta brasileiro, nascido no Piauí.

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