Francisco Miguel de Moura*
Soneto
Nunca vi uma compra de mais sorte:
Era manhã, entramos num armazém,
Onde aos panos tesouras cortam forte,
No momento era aquele vai-e-vem.
A companheira, ao lado, alteia o tom:
“Olhe a moça, é café para os fregueses!”
E avisa que eu me sirva: “É muito bom!”
Mas enfrentei ausências: – dois reveses:
Nem do café sorvi nem vi a moça,
Quando a busquei já ia longe, oculta,
Num balanço de corpo que me adoça.
Mas, tão logo, ela volta, o olhar brejeiro,
Disse um doce sorriso, e mais adulta:
“Oh, me desculpe! Enfim, senti teu cheiro!”
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Nota: a imagem que ilustra o poema foi recolhida na internet.
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Nota: a imagem que ilustra o poema foi recolhida na internet.
*Francisco Miguel de Moura, poeta, contista, romancista, crítico literário e cronista, mora em Teresina.Este soneto faz parte dos seus "Novíssimos Poemas".
Um soneto que me fez sorrir. Lindo.
ResponderExcluirUm grande bj querido amigo e boa semana.
Gisa,
ResponderExcluirSe você sorriu, ou me rio duas vezes, pois isto é uma brincadira. Digamos que uma poesia galante. Mas tudo bem.
Gosto dos seus comentários. Não estou visitando todos os dias seus blogs por causa de meus problemas. Onde estive acamado com problemas estomacais, ficado, instestino. Bem, mas hoje é outro dia começa para mim com o seu sorriso. E não termina vai até o próximo
Abraço do lado esquerdo do peito, onde os amigos e amigas como você estão a pulsar.
Chico miguel.
Seu soneto ficou tão gostoso de ler quanto o cheirinho bom de um café... Abraços amigo.
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